Em virtude do projeto a informática educativa na formação dos educadores da Casa Familiar Rural estamos concretizando a formação dos educadores no município de Anapu e neste diálogo buscamos compreender que:
Vivemos um cenário onde se configuram um acelerado processo
de mudanças, desenvolvido pela inserção das novas tecnologias que se adentram
em diversos espaços sociais. Sabe-se, contudo, que nem todos têm acessos aos novos
instrumentos tecnológicos embora, se tenha evidencias de um crescimento
bastante significativo na última década que interfere diretamente a realidade atual.
Encontram-se nesta disputa os equipamentos que compõem a informática, ou seja,
o instrumento popularmente denominado de computador.
O computador tornou-se um equipamento corriqueiro no meio
social e gradativamente todas as áreas vão fazer uso deste instrumento
tecnológico e provavelmente todos terão que aprender a conviver com sua
presença deste no seu dia a dia. Na educação isso não será diferente. Isso é
fato na política de educação brasileira com a implantação de infocêntros e os laboratórios
de informática em muitas escolas da educação básica do nosso país e na nossa
região.
Todavia, embora se conheça serem funções principais do
computador armazenamento e processamento de dados, não podemos esquecer que o
mesmo não foi criado com uma finalidade pedagógica. Neste sentido, faz-se
necessário analisar criticamente esta ferramenta frente às teorias e práticas
educacionais em vista do bom uso deste recurso com a consciência de este
possibilitará acesso rápido ao conhecimento não como uma máquina de escrever,
ou de armazenamento e processamento de dados e sim como uma tecnologia que se
destine em possibilitar a construção de uma educação criativa, dinâmica e
crítica que auxilie o processo de ensino e aprendizagem na relação
professor/aluno.
Pensa Valente (1993, p.16) que “na educação de forma geral,
a informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado
computer literacy, como para ensinar praticamente qualquer assunto por
intermédio do computador”. Isso é um fato relevante, sobretudo para o contexto
educacional. Contudo, numa pesquisa exploratória, realizada por alunos da
graduação em pedagogia, observamos que diversas escolas do município de
Altamira, incluindo a casa familiar rural possuem laboratório de informática;
constatou-se ainda que, poucos são os educadores que utilizam de tais
instrumentos tecnológicos.
A não utilização destes equipamentos tecnológicos não
decorre da má vontade ou de indisponibilidade, mas a necessidade de uma
formação que priorize o repensar pedagógico do espaço. Isso significa pensar a
informática não como um instrumento meramente técnico e sim educativo. Nisso se
constituí a diferença da informática educativa. Para Borges (1999, p.136):
A Informática Educativa se
caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um
instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar
esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado
pelo professor em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular,
praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas,
fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está
construindo.
É fato ninguém pode negar que os computadores estão
gradativamente adentrando o espaço escolar e obviamente os educandos da
educação básica ou profissional tem o direito de se apropriar das inúmeras
possibilidades que estes instrumentos podem possibilitar. Para isso é
necessário ter profissionais qualificados para desenvolver procedimentos
metodológicos críticos, criativos e dinâmicos na perspectiva de novas
aprendizagens.
No bojo dessas contradições constatamos a implantação de uma
política educacional que se materializa com a inserção de computadores na
escola e identificamos transformações na
área do currículo das universidades públicas, em particular na Universidade
Federal do Pará, Campus Universitário de Altamira em vista de possibilitar
qualificação profissional as novas demandas de profissionais no contexto
educacional. Na graduação em pedagogia, por exemplo, o projeto pedagógico do
curso trás a oferta de disciplinas que contemplam este campo de formação em
dois núcleos: núcleo de aprofundamento e
diversificação de estudos e um núcleo estudos integradores. No primeiro
temos: Educação e Novas Tecnologias da Comunicação e Informática, Educação
Profissional e Tecnológica e no segundo se destacam as disciplinas optativas
denominadas: Novas Tecnologias e Trabalho Docente, Metodologia e Prática de
Ensino do Computador, Comunicação Docente e Diversidade Interlocutora, Recursos
Audiovisuais na Sala de Aula.
A partir destas ideias evidenciamos que o debate sobre as
novas tecnologias é um dos assuntos a permear nos estudos atuais e nessa mesma
lógica encontra-se a informática educativa que se caracteriza como um poderoso
recurso pedagógico com condições de ampliar uma variedade de conhecimentos
intercalados pela capacidade criatividade de construir novas metodologias, de
se tornar possível ensinarem e aprender ou vice versa, e ainda, considerar os
conhecimentos curriculares, a criação de modelos metodológicos e didáticos que
viabilize repensar o verdadeiro significado da aprendizagem.
Nesta perspectiva, propomos por intermédio do presente
projeto desenvolver formação continuada por meio de cursos no
percurso do ano de 2013, com os educadores da casa familiar rural e um com
os alunos da graduação em pedagogia. Propomos essa ideia por três importantes motivos. Um
refere-se ao levantamento realizado sobre uso da informática na educação o qual constatamos a ausência de formação continuada da maioria
dos educadores o que tem ocasionado dificuldades para trabalhar metodologias que
envolvam essa tecnologia; outra questão, a casa familiar rural atua na área de
educação profissional com a juventude do campo, possuí um laboratório de
informática, contudo vem sendo minimamente utilizado por conta da parca
formação dos educadores para aplicação de metodologias com este instrumento
tecnológico.
Ultima situação, percebemos que a graduação em pedagogia dispõe de
disciplinas que pode colaborar na elaboração de cursos de formação continuada
em informática educativa com participação dos alunos do curso de pedagogia onde
estes possam desenvolver uma experiência inicial de formação com educadores da casa
familiar rural com cursos de formação de professores em informática
educativa, com metodologias possíveis de serem desenvolvidas posteriormente com
educandos em qualificação profissionalizante. Abaixo fotos da formação inicial.
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